“Não existem exemplos convincentes da história quando a isolação e a anexação nos aproximasse à paz no mundo. Por isso os maiores países desenvolvidos devem estar interessados em que a Rússia volte ao G8, só no caso se a Rússia cumprir as suas obrigações do acordo de Minsk”, disse o ministro.
“Temos experiências diferentes [da cooperação] com a Rússia: por um lado, a anexação ilegal da Crimeia e a desestabilização da Ucrânia. Mas ao mesmo tempo, a Rússia contribuiu para as negociações bem sucedidas no âmbito do conflito nuclear iraniano. Atualmente, cada pessoa compreende que necessitamos a Rússia para lidar com os focos internacionais de crise”, disse Steinmeier.
O ministro alegou a situação na Síria e Líbia como exemplos de “focos internacionais de crise”.
Entretanto, mais cedo, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo Maria Zakharova declarou que Moscou considera como inoportuna qualquer condição da sua volta ao G8.
Os acordos de Minsk foram aprovadas em 12 de fevereiro de 2015 na capital homônimada Bielorrússia e são o documento que lista as ações que devem ser realizadas para pacificar a situação no leste da Ucrânia, instável desde o golpe de Estado neste país em 2014. Os acordos preveem a retirada dos armamentos da linha de contato, nova Constituição da Ucrânia que garanta mais autonomia para “determinadas regiões” na região de Donbass e outras condições.
Rússia, Alemanha, França e Ucrânia são partes do chamado “quarteto de Normandia”, cujo objetivo é implementar os acordos de Minsk e atingir paz no leste da Ucrânia.