Na primeira vez desde o início dos anos 1990, as Forças Armadas alemãs deverão incorporar mais 14.300 soldados e 4.400 funcionários civis até 2023, informou o jornal.
Na terça-feira, a ministra da Defesa Ursula von der Leyen aboliu publicamente o limite máximo, introduzido em 2011, que prevê 185.000 soldados.
“Hoje é necessário”, afirmou a ministra, citada pelo jornal.
Em 2011, a Alemanha aboliu o serviço militar obrigatório, o que levou à redução significativa do número das tropas, e introduziu o limite máximo de 185.000 soldados. Nos últimos anos, a Bundeswehr tinha 177.000 efetivos.
As primeiras mudanças se tornaram evidentes em 2014, quando von der Leyen apelou à Europa para partilhar com os EUA os encargos da OTAN, visto que estes sempre têm coberto uma grande parte das despesas da aliança.
De acordo com as normas da OTAN, cada país deve destinar dois por cento do seu PIB para a defesa, mas tal valor ainda permanece irreal para a Alemanha.
“O aumento dos efetivos da Alemanha é só uma concessão na véspera da cúpula da OTAN que terá lugar em Varsóvia em julho”, escreveu o jornal.
Segundo informações anteriores, Berlim pode instalar militares, como parte do batalhão da OTAN, na Lituânia, com o objetivo de “conter” a Rússia e prevenir uma alegada agressão de Moscou contra os Estados bálticos.