O líder do Partido de União Democrática, afiliado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) Salih Muslim Muhammad fez a respectiva declaração a jornalistas nos corredores da conferência de organizações curdas, que está sendo realizada na cidade iraquiana de Suleimânia.
"Nós respeitamos a região curda de Curdistão do Sul [trata-se de Curdistão iraquiano, a autonomia que faz parte do Iraque – ed.] e o seu povo. Apoiaremos qualquer decisão [sobre a independência – ed.] do povo do Sul", disse.
Salih Muslim expressou também a preocupação de que com o aparecimento de um novo Estado nacional "se vá de novo cortar cabeças uns aos outros".
Mesmo assim, ele sublinhou especialmente:
"Mas nós não estamos contra o Curdistão independente e se o povo tomar a decisão de viver independentemente, nós a vamos respeitar".
O Curdistão iraquiano é uma autonomia no norte do Iraque, que estabeleceu o seu estatuto na década de 90. A autonomia tem seu próprio governo, parlamento e presidente, bem como forças armadas – os Peshmerga (literalmente ‘aqueles que enfrentam até a morte’), que contam com cerca de 120 mil homens.
Na autonomia, a ideia de realização de um referendo sobre a independência de Bagdá é muito popular. Em particular, em março o presidente do Curdistão iraquiano Massoud Barzani fez lembrar de novo o desejo de realizar tal referendo, além de notar a existência de uma "chance histórica" de alcançar o seu próprio Estado. Mesmo assim, a data de possível realização do referendo ainda não foi definida.