“Nunca monopolizamos as nossas relações com os países árabes. Eles têm governos soberanos e podem ter relações normais com os países ocidentais, com a Rússia, é a sua decisão soberana…Por isso, somos a favor de relações normais com os países árabes”, disse Safronkov.
O diplomata destacou que o pensamento diplomático da Rússia recusa-se a aceitar o direito monopolizado de interferir nos assuntos de outros países, tendo em conta a guerra no Iraque iniciada em 2003.
“Primeiramente, o Conselho de Segurança [da ONU] nunca deu a sua autorização…A intervenção militar criou muitos problemas…Mas um outro aspeto da intervenção é que o vácuo político foi preenchido por organizações terroristas e agora temos ameaças como o Daesh”, sublinhou Safronkov.
Em 2 de janeiro, Riad anunciou a execução de 47 pessoas, incluindo o sheikh xiita Nimr al-Nimr, grande crítico das autoridades sauditas. A notícia provocou uma série de manifestações no Irã, especialmente nas cidades de Teerã e Mashhid, onde a embaixada e o consulado da Arábia Saudita foram parcialmente destruídos pelos manifestantes. No dia seguinte, o governo saudita convocou o embaixador iraniano para entregar uma nota de protesto, que foi seguida do rompimento das relações entre os dois países.