Em coletiva à imprensa, após reunião entre os ministros, os representantes do governo envolvidos no projeto olímpico e o presidente interino Michel Temer, o Ministro Leonardo Picciani afirmou que todas as ações para a organização do Olimpíada estão sendo feitas dentro do esperado e todos acreditam que os Jogos serão um sucesso.
“Todos nós saímos mais seguros e convencidos do sucesso dos jogos. Existem questões a serem tratadas, mas dentro do cronograma. Lógico que em um evento desse tamanho existem questões a serem solucionadas, mas está tudo dentro do previsto”, disse Picciani.
Leonardo Picciani explicou que na reunião foi apresentado um resumo com o andamento das obras de preparação dos jogos e que o cronograma foca agora nos últimos detalhes.
"Ficou nítido que não existem surpresas. As obras seguem o cronograma, e a preparação das áreas onde ocorrerão eventos olímpicos estão dentro da normalidade. Estamos na fase de ajuste final e expectativa é absolutamente positiva.”
O Ministro do Esporte também anunciou que não vai haver alterações quanto aos principais gestores técnicos do evento para não comprometer a finalização do calendários de ações. Picciani informou, que o presidente em exercício Michel Temer conversou por telefone com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, onde deu todas as garantias de que os Jogos vão ser realizados conforme o previsto, principalmente no que diz respeito à segurança.
Sobre essa questão, o novo Ministro da Defesa, Raul Jungmann afirmou ao tomar posse, que a partir de quarta-feira(18) vai supervisionar de perto todas as obras das Olimpíadas.
“E na Quarta-feira (18) eu estarei indo lá para supervisionar todas as obras, entrar em contato com todas as autoridades, e fazer a partir daí um monitoramento permanente dessas Olimpíadas. Saibam que elas (Olimpíadas) vão ser realizadas, elas vão dar certo, e vão dar orgulho aos brasileiros perante todo o mundo. Nós estamos absolutamente prontos para suprir qualquer necessidade, que se faça necessário para o bom desempenho das Olimpíadas.”
Em relação a uma ampliação das ações de segurança no Rio, com a ocupação de comunidades pelas Forças Armadas, Raul Jungmann disse que essa medida não vai ser necessária, pois os órgãos do Estado farão o patrulhamento e ainda haverá no Rio um reforço da Força Nacional de Segurança.
“Não creio necessário, esse tipo de trabalho é feito pelas forças de segurança do Rio de Janeiro. Nós estamos também solicitando um reforço da Força Nacional de Segurança de tal sorte, que embora tenhamos hoje 38 mil homens empenhados nas Olimpíadas no Rio e em diversas capitais onde terá o futebol, eu posso garantir que nós temos total capacidade de suprir qualquer deficiência, e qualquer problema que venha acontecer. Pelos informes que eu recebi, a situação de segurança está devidamente monitorada, não temos, portanto, acredito eu, o que temer, e, obviamente, nós esperamos que assim seja até o fim das Olimpíadas," explicou Jungmann.
O Ministro da Defesa foi questionado ainda sobre possíveis problemas que estariam ocorrendo na área da inteligência, no que diz respeito a interação do Brasil com outros países. Raul Jungmann admitiu que alguns problemas aconteceram, mas que está tudo sob controle, e que o Brasil está contando com o apoio de vários países, como por exemplo da Inglaterra, que recebeu os Jogos Olímpicos em 2012.
“Isso aconteceu, mas eu acredito que sob a direção do Ministro-chefe da Secretaria de Segurança Institucional, general, Sérgio Etchegoyen, a gente supera rápido. Há uma boa vontade de cooperar de todos esses países, por exemplo, a Inglaterra se ofereceu espontaneamente para nos ajudar em tudo, até porque foi último país a realizar uma Olimpíada. Nós temos mantido contatos através, particularmente, da Polícia Federal, que tem sido o principal conduto, e eu acredito agora que com a reestruturação do Sistema Brasileiro de Inteligência e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), nós consigamos suprir esse déficit que vinha sendo verificado até aqui.”
O general gaúcho, Sérgio Etchegoyen, de 64 anos, tomou posse na segunda-feira (16). Antes de assumir como Ministro-chefe da Secretaria de Segurança Institucional, o general atuava desde março do ano passado como chefe do Estado-Maior do Exército Brasileiro, coordenando a atuação operacional e a polícia estratégica dos militares em todo o Brasil.