Ambos os países estão ultrapassando o limite de 3% do PIB, o que poderá resultar em multas para ambos os países.
A zona do euro – a área de moeda única da União Europeia – prevê que os países-membros da união devem cumprir uma série de regras para garantir a estabilidade da moeda. Um dos princípios base do Pacto de Estabilidade e Crescimento (ou PEC) é que o défice de orçamento anual dos países-membros da UE não deve ultrapassar 3% – quer dizer, a diferença entre a receita e os gastos do Estado durante um ano não deve superar 3% do PIB.
Country-specific recommendations 2016 – full text | all countries https://t.co/adXcv9w27d #EuropeanSemester pic.twitter.com/jRfM42NwBw
— European Commission (@EU_Commission) 18 мая 2016 г.
Assim, apareceu mais um foco de dificuldades na moeda europeia, antecipada por uma longa história em torno da economia da Grécia e do desacordo entre este país e os credores europeus.
Para o PEC bater certo, todos os países-membros devem ter políticas financeiras únicas – o que eles claramente não têm.
Um dos problemas fundamentais da crise de dívidas é que antes, quando os países tinham suas próprias moedas, os governos as desvalorizaram tentando recuperar a situação. Agora, com a moeda única, eles já não podem fazer o mesmo.
#Spain & #Portugal: new deadlines to correct excessive deficits while delivering demanding but realistic structural effort #EuropeanSemester
— Pierre Moscovici (@pierremoscovici) 18 мая 2016 г.
Assim, a situação na economia europeia continua tensa, com a Grécia à beira da moratória, e agora com as dificuldades de Espanha e Portugal. Nesta situação, vários especialistas declaram que a zona do euro enfrenta graves problemas, que podem obrigar os Estados-membros a optar por uma maior integração, adotar políticas fiscais unificadas, algo que não pode acontecer sem uma unificação das posições políticas também.