Na entrevista, Barros disse que o Estado não tinha como arcar com as garantias previstas na Constituição, de acesso universal à saúde, portanto era preciso rever os gastos. A declaração do ministro causou polêmica nas entidades ligadas ao SUS, que chegaram a divulgar nota de repúdio.
Com a repercussão negativa, Ricardo Barros voltou atrás e garantiu ao falar com a imprensa, que o SUS não vai passar por cortes no orçamento.
“O SUS é uma cláusula da Constituição, de saúde universal para todos. É evidente que não há recursos para se dar tudo a todos. O SUS tem funcionado com os recursos que tem atendendo ao máximo de pessoas com as melhores condições possíveis. Eu estou buscando junto a equipe econômica, pedindo que o que foi previsto no orçamento de 2016 seja aplicado. Houve um corte de R$ 5,5 bilhões feito pelo governo anterior, e eu espero poder recompor esses valores, para que todos os compromissos do Ministério sejam cumpridos. Se a equipe econômica que acaba de se instalar, não tiver condições de recompor esses valores, aí sim, nós iniciaremos a análise de que áreas poderão cooperar com o ajuste fiscal, mas em princípio a nossa tarefa é buscar recompor os recursos que estavam previstos no orçamento desse ano," disse o Ministro da Saúde.
Barro explicou ainda, que o conteúdo da entrevista concedida teve como base o fato da Previdência hoje consumir 50% da arrecadação federal, comprometendo as demais áreas sociais, mas o título da matéria (Tamanho do SUS precisa ser revisto, diz novo ministro da Saúde), publicada pelo Jornal Folha de São Paulo na terça-feira(17) não refletia segundo o Ministro da Saúde, as suas declarações.