Nomeado pelo governo britânico para conduzir o documento sobre a resistência aos antibióticos, o economista Jim O’Neill apresentou o relatório que apela à mudança drástica na maneira de utilizar os antibióticos, cujo consumo excessivo e a má utilização favorecem a resistência das chamadas “super-bactérias.”
O estudo recomendou uma ampla campanha para sensibilizar o público e defendeu a criação de um fundo de investigação e a redução da utilização de antibióticos durante a fase de crescimento. Em paralelo, seria necessário desenvolver uma nova família de fármacos para substituir os antibióticos.
Desde o lançamento do estudo, em meados de 2014, mais de um milhão de pessoas morreram por infecções relacionadas com a resistência aos antibióticos, diz o documento. A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu, em novembro, que o fenômeno representa um “imenso perigo” e que, se nada for feito, o planeta caminha para uma “era pós-antibiótica, na qual as infecções atuais podem recomeçar a matar.”