A decisão do governo interino de Michel Temer de unir os ministérios gerou revolta da classe artística e de outros trabalhadores do setor. O novo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho (DEM), foi vaiado ao se apresentar aos servidores da pasta extinta.
De acordo com a Agência Brasil, protestos e ocupações ocorreram em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Maceió, Macapá, Cuiabá, João Pessoa, Natal, São Luís, Belém, Fortaleza, Recife, Aracaju, Salvador e Curitiba.
“Ocupamos para demonstrar insatisfação generalizada com o governo interino. Não é legítima a forma como ele foi empossado, não é legítima a extinção e fusão de ministérios [da Cultura e da Educação]. Não respaldamos esse governo. As primeiras falas, as primeiras ações, a estética, as primeiras posturas desse governo apontam na direção de retrocessos, autoritarismo, austeridade da violência institucional” – diz carta pública divulgada pelos manifestantes em Salvador.
Na quarta-feira (18), a Associação dos Servidores do Ministério da Cultura divulgou nota na qual pede a manutenção da pasta e diz que a fusão com o MEC "não contempla as especificidades da gestão cultural e coloca as conquistas históricas do campo das políticas públicas de cultura em risco".