O chanceler “apartidário”, que ingressou na carreira diplomática na sexta-feira, 13, dando início desde o primeiro dia do seu mandato a uma crise diplomática nas relações com os vizinhos, disse que não é estilo dele e “nem do governo” provisório Temer “contaminar as relações exteriores” por interesses ideológicos de um partido. Entretanto, o fato de o Itamaraty, que se estranhou pela suspensão dos contatos oficiais por parte de El Salvador, não comentar a retirada de Brasília dos embaixadores venezuelano e equatoriano, evidencia o cisma ideológico entre as novas autoridades brasileiras, de um lado, e Quito e Caracas do outro.
Chamou ainda de “localizadas e passageiras” as contestações de que a imagem do Brasil foi desgastada com o afastamento da Dilma.
“Está tão óbvio que o que espalharam lá fora não tem pé nem cabeça que pouco a pouco isso vai passar. É uma contestação aparelhada”, disse o ministro.
Ao mesmo tempo, o tucano apartidário elogiou a manifestação dos EUA na Organização dos Estados Americanos, que ao lado da Argentina e do Paraguai, defenderam a normalidade do impeachment.