A iniciativa tem como base as notícias publicadas na imprensa, sobre trechos de uma gravação contendo o diálogo entre Jucá com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que sugere um suposto pacto para tentar barrar a operação Lava Jato.
Para Telmário, a gravação aponta que Jucá usaria o governo de Michel Temer para atrapalhar ou impedir as apurações da operação contra os agentes políticos envolvidos, num claro crime de obstrução das investigações. O Senador compara a situação ao caso de Delcídio do Amaral, que teve o mandato cassado pelo Senado neste mês, pedindo que o Conselho tenha a mesma rapidez em analisar o caso de Jucá como foi feito com Delcídio.
“O Senado não pode ter dois pesos e duas medidas. O senador Delcídio acabou de ser cassado, por conta de uma gravação nessa ordem, que também envolvia a operação Lava Jato, e só defendia o senador Delcídio. Essa proposta do senador Romero Jucá é uma proposta para parar a investigação como um todo, que é um patrimônio do povo brasileiro.”
Romero Jucá nega as acusações de tentar intervir na Lava-Jato, e disse para a imprensa que já encaminhou ao Ministério Público uma correspondência para saber se cometeu algum crime no diálogo gravado e divulgado pela imprensa.
Com a repercussão negativa da gravação, Jucá decidiu se afastar do cargo de Ministro do Planejamento e sua exoneração foi concedida pelo presidente em exercício Michel Temer. Jucá reassumiu nesta-terça (24) sua cadeira no Senado.
O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), terá cinco dias para decidir se dará andamento ou não a representação do PDT.