Entre as medidas anunciadas no pacote econômico de Temer, estão a devolução de R$100 bilhões pelo BNDES de recursos do Tesouro Nacional e o uso de R$ 2 bilhões do Fundo Soberano, composto pelos royalties do pré-sal, que deve ser extinto. O Presidente interino também disse que vai encaminhar ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento de gastos públicos à taxa da inflação do ano anterior.
O Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) é um dos que aprovaram a medida que limita os gastos públicos, e que segundo ele, a ação faz parte da Agenda Brasil, o conjunto de propostas do Senado voltadas à retomada do crescimento do país.
“Eu acho que do ponto de vista do país é fundamental que se ponha um teto de gastos. Essa medida era é uma das medidas contidas na chamada Agenda Brasil. Nós precisamos ter isso que é para definitivamente ter um parâmetro para que todos os anos a gente não tenha que reduzir a meta fiscal", explicou Calheiros.
Por outro lado, o ex-líder do governo Dilma, o deputado José Guimarães (PT-CE) criticou as medidas dizendo que são o oposto do que o governo Dilma iria fazer. José Guimarães ainda disse à imprensa, que duvida que o Congresso Nacional aprove limite que possa reduzir gastos em áreas como saúde e educação.
“São medidas, que vão no sentido da contramão do que está acontecendo no país. Nós não podemos jogar a crise nos ombros dos trabalhadores. Aumentar a meta e o deficit para cortar direitos e diminuir gasto social. É o oposto do que nós íamos fazer," afirmou o deputado.
Já o senador José Medeiros (PSD-MT) comemora o fato do novo pacote econômico ainda não causar aumento de impostos para a população.
“Até comemoro, porque não houve aumento de impostos. Estamos num momento em que o governo precisa fritar o porco na própria banha. Esse plano traz essa ideia de que o governo está querendo enxugar e fritar o leitão na banha do próprio leitão.”
Além das medidas anunciadas, o presidente interino Michel Temer anunciou que o governo trabalha em parceria com algumas centrais sindicais, a proposta de reforma da Previdência, mas que ainda não tem data para ser enviada ao Congresso Nacional.