Em finais de novembro de 2015, uma moça russa, conhecida nas redes sociais como Rina, cometeu suicídio, provocando rumores sobre a existência de uma seita que distribuía números a participantes e apelava para acabarem com a vida, usando a rede social.
Logo depois, o jornal russo Novaya Gazeta (Jornal Novo, em português) decidiu proceder a sua própria investigação e publicou um artigo sobre alguns grupos secretos na rede social VKontakte que persuadiam jovens cometer suicídios, exercendo pressão psicológica e aventuras sinistras.
A repórter deste jornal, após conversar com os familiares das vítimas e pesquisar diferentes grupos na rede social, admitiu a hipótese de que Rina podia se tornar a primeira vítima de uma seita chamada f57.
Outro jornal russo, Lenta, prosseguiu na investigação e conseguiu detectar administradores de outros grupos em redes sociais. Segundo o repórter desta edição, o motivo por trás da promoção do suicídio era a atração de novas “curtidas” aos grupos. O jornal informa que os dados obtidos já foram à promotoria.
“Quando um/uma jovem tem 13 anos, podemos colocar na cadeia ou fazer alguma outra coisa, mas devemos compreender que esta pessoa ainda não tem a sua personalidade já formada, não é idônea <…> É preciso ver de outro ponto de vista. Porque existe este site? E quem controla?” disse Pavel Krasheninnikov, chefe do comitê para legislação civil, processual e arbitral da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo).
“A Internet é o mundo grande que tem vantagens e desvantagens, coisas positivas e criminalidade… Claro que devemos tentar controlar tudo para que a Internet não nos controle”, disse Krasheninnikov.