"O clima em Marte varia mais do que na Terra porque o seu eixo de rotação tem maior oscilação do que o do nosso planeta. Portanto é muito provável que, no passado, Marte fosse muito diferente daquilo que observamos hoje", considera Isaak Smith, pesquisador da Universidade de Texas.
#HappyNewYear, dear earthlings! North pole looks wicked cool here! pic.twitter.com/f2cLXrBSAT
— ISRO's Mars Orbiter (@MarsOrbiter) 1 января 2016 г.
Analisando os dados coletados pela sonda MRO durante o estudo da capa de gelo do Pólo Norte do Planeta Vermelho, Smith e os seus colegas descobriram que, no passado não muito longínquo, em Marte houve uma Era do Gelo, da qual ele está gradualmente saindo agora.
Como explicam os cientistas, as eras glaciais ocorrem em Marte não quando está frio nos pólos, mas ao contrário, quando faz calor, porque o clima relativamente quente favorece a formação de aglomerações móveis de gelo e a sua deslocação para as latitudes médias do planeta.
Radar reveals clear evidence of Martian ice age 400,000 years ago https://t.co/4iUgm8x8x2 #JourneytoMars pic.twitter.com/J6aEHEpDig
— NASA JPL (@NASAJPL) 26 мая 2016 г.
O surgimento de gelos nos períodos "quentes" e o seu recuo nos tempos "frios", segundo Isaak Smith, deve deixar marcas na superfície de Marte visíveis para os radares e os instrumentos óticos das sondas em órbita.
Depois de analisar centenas de imagens de Marte e fotografias provenientes das sondas Viking há mais de 35 anos, os autores do artigo chegaram à conclusão de que o estado atual de Marte é relativamente recente, cerca de 370-375 milhares de anos atrás o planeta vivia uma Era do Gelo.
De acordo com Smith, o derretimento do gelo continua até hoje. Um exemplo são as marcas de movimento da água recentemente descobertas na superfície do Planeta Vermelho. Outras observações das geleiras, como espera o cientista, podem ajudar a entender como será a aparência de Marte no futuro mais próximo e como essas alterações serão refletidas na sua potencial habitabilidade para o Homem.