"Ele perguntou à vitima se ela tinha por hábito participar de sexo em grupo. A uma vítima de estupro", criticou a advogada. "Quero procurar todos os órgãos que possam auxiliar nesse caso. Inclusive a corregedoria de polícia. Quero representar contra o delegado Alessandro Thiers."
A advogada também se queixou de os responsáveis pela divulgação do vídeo e das fotos da vítima não terem sido presos em flagrante. "O delegado citou o Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata da exposição do abuso sexual de menor. Dois dos investigados estavam na delegacia e assumiram que fizeram o compartilhamento do vídeo, e não foram presos em flagrante, não receberam voz de prisão."
Representante de um dos investigados que prestaram depoimento na última sexta-feira, o advogado Claudio Lúcio da Silva admitiu que seu cliente filmou o vídeo, mas negou que ele tenha participado de estupro. "O meu cliente filmou e assumiu em juízo, mas não foi ele quem divulgou. Ele ficou surpreso pela repercussão do caso".
A Polícia Civil divulgou uma nota afirmando que a investigação "é conduzida de forma técnica e imparcial" e convidando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a designar um representante para acompanhá-la. A nota traz ainda um relato da DRCI sobre o depoimento da adolescente:
"A DRCI informou que durante a oitiva da vítima ela confirmou que sofreu o estupro e, lhe foi perguntado se tinha conhecimento que havia um outro vídeo sendo divulgado em mídias sociais em que ela apareceria mantendo relações sexuais com homens, conforme relato de uma testemunha. A vítima informou que desconhece o vídeo e que não é verdadeiro", diz uma parte do texto.