Acordo secreto entre Poroshenko e FMI causa polêmica

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O presidente da Ucrânia Petro Poroshenko e o primeiro-ministro Vladimir Groisman assinaram um acordo secreto com o Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo o qual o país deve revogar a moratória sobre a venda de terrenos do Estado e aumentar as tarifas de eletricidade e gás, afirmou a ex-primeira ministra do país Yulia Timoshenko.

Além disso, a Ucrânia deve cancelar as aposentadorias preferenciais dos professores e médicos e reduzir o número de trabalhadores nestas áreas, disse a política.

"É um documento secreto. O governo, junto com o presidente, assinou-o sem conhecimento do Parlamento e do povo da Ucrânia", informou a agência ucraniana Vesti, citando a ex-primeira ministra.

A líder do partido Batkivshchina (Pátria, em ucraniano) pediu aos deputados para discutir o compromisso durante a hora de perguntas ao governo.

​O acordo entre Kiev e o FMI também foi criticado duramente pelo líder do Partido Radical ucraniano, Oleg Lyashko. Segundo ele, para cumprir todas as condições do organismo internacional, Kiev terá que o desistir do pagamento de aposentadorias ou introduzir a eutanásia para idosos no país.

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Em 18 de maio, o FMI e o governo da Ucrânia acordaram os procedimentos, necessários para a continuação da assistência financeira por parte do Fundo. A decisão final será tomada pelo conselho do FMI em julho. O ministro ucraniano da Fazenda Aleksander Danilyuk afirmou anteriormente que o documento final está totalmente coordenado, faltam apenas aspetos processuais. 

O programa de assistência financeira de quatro anos prevê a concessão pelo FMI a Kiev de US $ 17,5 bilhões. Em março de 2015 foi transferida a primeira parcela do empréstimo, de US $ 5 bilhões, e em agosto – a segunda, de US $ 1,7 bilhões.

A transferência da terceira parcela foi adiada devido à crise política na Ucrânia, o que impediu a aprovação das reformas necessárias.

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