Milagre: jihadista francês morto ressuscita

© REUTERS / Khalil AshawiOs militantes da Frente Nusra da Al Qaeda
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Omar Diaby (também conhecido como Omar Omsen), um membro de Al-Qaeda que foi considerado morto no verão de 2015, está vivo e bem vivo, comunica a mídia francesa.
"Você fala com Omar Omsen… Estou vivo". Através das redes sociais e depois de uma mensagem cifrada, o jornalista Roman Boutilly, do jornal francês Complément d’enqûete, percebeu que a pessoa com quem ele tinha conversado durante muito tempo era na verdade o jihadista Omar Diaby.

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Omar Diaby é comandante de um batalhão da Frente al-Nusra na Síria, uma organização terrorista afiliada da Al-Qaeda.  Ele foi incluído na lista dos mais procurados ao nível internacional. De acordo com o jornal francês Le Monde, que teve acesso a uma entrevista com o recrutador jihadista, o anúncio da sua morte em 2015 foi um artifício para ele sair da Síria, passar quatro meses em um "país árabe" a fim de fazer uma operação cirúrgica.

Entre a sua "morte" anunciada em 2015 e a sua "estreia" em França, ele recrutou pelo menos 80 jovens franceses.

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Mas voltemos uns anos atrás. Em 2012, quando estava preso em regime de semiliberdade em Nice, ele começou a realizar documentários.

Os seus famosos vídeos "19 HH" sobre a História da Humanidade ou "A Verdade sobre a Morte de Bin Laden" foram vistos por milhares de pessoas. Em 2013 ele viajou para a Síria e passou a chefiar um batalhão composto por homens franceses recrutados. De acordo com Roman Boutilly, o batalhão de Diaby contava com 150 militantes.

O jornalista do Complément d’enqûete conseguiu entrevistar Omar Diaby através do Skype. O jornal Le Monde publicou excertos desta entrevista. Omar Diaby disse que a Al-Qaeda difere muito do Daesh.

"Eles têm uma visão da lei sharia (lei islâmica) que se distingue da nossa… Quando as pessoas chegam a um país que não pertencem a eles, eles não têm o direito de impor imediatamente leis que outras pessoas não percebem… Nós educamos os cidadãos. Tentamos promover o entendimento e o amor da religião" disse Diaby.

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Entretanto, o terrorista justifica os ataques realizados em Paris em 13 de novembro de 2015 e os ataques contra a revista humorística francesa Charlie Ebdo, afirmando que todos os que desrespeitam o profeta devem ser punidos. "Esta é uma lei islâmica". 

"O fato de os irmãos Kouachi terem aplicado esta lei não significa que eles sejam terroristas, mas que são verdadeiros muçulmanos", afirma o jihadista.

O jornal Complément d’enqûete conseguiu recolher imagens da vida dos jihadistas do batalhão de Omar Diaby e planeja mostrá-las no dia 2 de junho no canal de televisão francês France 2.

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