Ao chegar ao seu país de origem, Savchenko saiu descalça do carro, enquanto a multidão gritava “Glória à Ucrânia». Os jornalistas logo cercaram a ex-presa e começaram a fazer-lhe perguntas, mas ela pediu para “respeitar o seu espaço pessoal” e deixá-la passar.
“O mais pesado foi no aeroporto. O ataque louco dos jornalistas, porque os jornalistas, desculpe, vocês também são cães. Embora falem que é proibido tratar mal os jornalistas, vocês são chacais, estão prontos a lançarem-se a nós e a nos esfrangalhar”, disse Savchenko ao canal televisivo 112 Ukraina.
Primeiro dia de trabalho começa no parapeito
Savchenko, que se tornou deputada da Suprema Rada em outubro de 2014, quando ainda estava detida na Rússia chegou à Rada (parlamento ucraniano) várias horas antes da sessão. Ela teve de esperar a abertura sozinha, apoiada no parapeito de granito no parque em frente.
Кадр дня. Надежда Савченко перед своим первым заседанием Верховной Рады. pic.twitter.com/blVpvaxgZL
— Роман Рябчук (@ryabtchuk_roman) 31 мая 2016 г.
Condenada a 22 anos de prisão na Rússia por ter morto dois jornalistas russos em Donbass e de passar ilegalmente a fronteira, Nadezhda Savchenko foi indultada por Vladimir Putin. No mesmo dia, dois russos presos anteriormente em Donbass e condenados a 14 anos de prisão na Ucrânia por terrorismo e indultados pelo presidente ucraniano, voltaram à Rússia.