Os mísseis do tipo NSM têm uma velocidade muito elevada e uma altitude muito baixa, o que faz com que seja praticamente impossível detectar e neutralizar esses mísseis antes de eles atingirem o alvo. Considerando que seu alcance é superior a 200 km, eles podem ser versões mais avançadas dos norte-americanos Tomahawk e dos russos Kalibr.
"Isso aumenta significativamente o total das nossas capacidades militares. Agora a Marinha norueguesa é capaz de atacar alvos no terreno com sistemas de armas que têm ao mesmo tempo um grande alcance e elevada precisão", disse ao Verdens Gang o oficial Per Rostad.
Na opinião de Bratlie, os mísseis podem se tornar interessantes para os membros da OTAN, muitos dos quais têm arsenais militares obsoletos. Neste momento, os NSM estão competindo para serem vendidos à Marinha dos EUA.
Atualmente, todas das cinco fragatas e seis corvetas norueguesas estão equipadas com oito NSM. Entretanto, o orgulho norueguês pode ser arruinado em breve porque o governo planeja realizar mais cortes do orçamento militar do país. É muito provável que as corvetas sejam quem mais vai sofrer com os cortes.
"A maior parte da produção que assegura o nosso Estado-Providência é proveniente do mar. O objetivo da Marinha é assegurar o acesso a todas essas áreas e recursos como o pescado, o petróleo ou o gás no futuro. Já temos alguns navios militares e seria uma perda significativa se perdermos um recurso tão útil como as corvetas", disse Rostad.
Os NSM, mísseis antinavios e de ataque terrestre são desenvolvidos pela empresa norueguesa Kongsberg Defence & Aerospace (KDA). A versão polivalente do NSM está em processo de elaboração. Este míssil foi denominado como Joint Strike Missile (JSM) e será integrado com o avião Lockheed Martin F-35 Lightning II Joint Strike Fighter. A empresa também desenvolve mísseis que podem ser lançados a partir de submarinos.