Stoltenberg realizou uma visita oficial à Polônia em 30-31 de maio, onde teve encontros de trabalho com o presidente da Polônia Andrzej Duda, o chanceler Witold Waszczykowski e o ministro da Defesa Anthony Macherevich. Durante os encontros, foi discutida a próxima cúpula da OTAN em Varsóvia, em junho, e as decisões que serão tomadas. Durante uma coletiva da imprensa, Stoltenberg afirmou que OTAN não procura a confrontação com a Rússia, e as ações de ampliação da presença da aliança na Europa Oriental estão relacionadas não com a ameaça proveniente da Rússia, mas com os perigos vindos do Oriente Médio e Norte da África.
“O comportamento da Rússia nos últimos anos é uma das razões porque a OTAN está se adaptando à nova realidade e porque estamos fortalecendo a nossa defesa coletiva desde a Guerra Fria. <…> Ao mesmo tempo, enviamos à Rússia um sinal bem claro de que não queremos o confronto e não procuramos a nova Guerra Fria. Queríamos evitar a nova corrida armamentista e vamos continuar fazendo tudo o possível para estabelecer um diálogo construtivo com a Rússia, porque isto serve os interesses da OTAN e os interesses da Rússia no longo prazo”, afirmou Stoltenberg.
No entanto, o secretário-geral também confirmou que a Aliança está pronta para a guerra de informação com a Rússia. “A OTAN está pronta para proteger os seus aliados de qualquer ameaça. Estamos elaborando novas soluções no âmbito das assim chamadas novas ameaças híbridas militares e não militares, realizadas de forma explícita e implícita, incluindo a guerra da informação e propaganda”, frisou ele.
Em janeiro de 2015, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, confirmou os planos de criação de postos de comando e de forças de reação rápida em seis países da Europa Oriental (Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Polônia e Bulgária).
Segundo Stoltenberg, o “conceito estratégico” de sua organização não sofreu mudanças em relação à Rússia. Ele ressaltou que a OTAN não busca “um confronto” nem pretende fomentar “uma nova corrida armamentista”.
#NATO: Russia’s actions include intimidation of neighbors, dangerous behavior, provocations. @POLITICOEurope https://t.co/RL4hYjZ66p
— Zoya Sheftalovich (@zoyashef) 31 мая 2016 г.
A OTAN tem afirmado várias vezes sobre a intenção de deslocar suas tropas para a Europa Oriental. Por sua vez, Moscou expressou o descontentamento com as iniciativas da Aliança destinadas ao aumento da presença militar na fronteira com a Rússia, e afirmou que tais ações são uma ameaça aos seus interesses e segurança nacional.