“Acreditamos que esta votação é absurda e não tem motivos. Estes eventos aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial… Declaramos abertamente e claramente que não temos nada a esconder relativamente a isso. Achamos que é necessário realizar um estudo exaustivo sobre esta questão para estabelecer os erros de ambas as partes. Mas isso deve ser feito pelos historiadores. Não é correto transformar um evento histórico em assunto político”, disse Yildirim aos jornalistas na quarta-feira (01).
Numa entrevista à Sputnik, o analista político do Observatório Nacional da Arménia Laurent Leylekian disse que esta resolução é uma forma de a Alemanha dizer “basta” à Turquia, visto que esta última usa a questão dos refugiados como uma forma de fazer pressão sobre a União Europeia.
De acordo com ele, a Turquia é um país com bastante poder, mas a sua influência não é bastante para parar a iniciativa de Berlim, e é por isso que ela (a Turquia) está furiosa.
“A Alemanha e a Europa em geral dependem muito da Turquia por causa dos refugiados mas a Turquia tem posições fortes na Europa. A Turquia é um país poderoso, mas a sua influência limita-se à sua região geográfica. Isto é um jogo baseado em chantagem mútua. Acho que a Turquia não tem possibilidade de se posicionar contra a Alemanha” concluiu ele.
O genocídio foi reconhecido pelo Parlamento europeu, Conselho Mundial de Igrejas e muitos historiadores de vários países, incluindo a Rússia. A Turquia, por seu lado, argumenta que se tratou de uma guerra civil provocada pela fome, durante a qual morreram de 300 a 500 mil armênios bem como um número significativo de turcos.