A Turquia chamou para consultas o seu embaixador na Alemanha depois que o Bundestag (Parlamento alemão) ter reconhecido o genocídio armênio,disse o primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim.
"A Turquia não planeja aceitar a decisão do Parlamento alemão relativamente a um assunto sobre o qual até mesmo os historiadores continuam sem acordo", disse Binali Yildirim.
O vice-primeiro-ministro da Turquia Numan Kurtulmush escreveu no seu perfil do Twitter:
"A aceitação das afirmações torcidas e infundadas sobre o genocídio é um erro histórico"
"Para a Turquia, essa decisão não tem nenhuma validade legal e não corresponde às nossas relações amistosas" com a Alemanha, enfatizou Kurtulmush.
A representante oficial da Chancelaria russa, Maria Zakharova, afirmou que a Alemanha se aproximou da posição russa ao tomar a decisão sobre o reconhecimento dos crimes de genocídio cometidos no império Otomano contra os armênios em 1915. Zakharova recordou que "a posição da Rússia sobre este assunto é muito clara".
"Eu gostaria de dizer que esse é um assunto interno da Alemanha, a aceitação destas declarações ou de outras parecidas. Hoje em dia é possível dizer que a posição da Alemanha se aproximou da russa. A retirada do embaixador da Turquia na Alemanha é um assunto das relações entre a Turquia e a Alemanha", disse ela em uma entrevista.
Em uma coletiva de imprensa em Nairóbi, transmitida ao vivo pela televisão turca, Erdogan disse que, após o regresso do embaixador, o governo vai discutir as medidas que Ancara irá tomar em resposta.