No ano passado, a Suécia orçamentou pelo menos $120 milhões (R430 milhões) para recuperar sistemas de defesa decrépitos da Guerra Fria na ilha de Gotlândia, localizada estrategicamente no Mar Báltico.
Entretanto, os especialistas dizem que mesmo com estas despesas militares e espírito bélico, a Suécia não tem qualquer possibilidade de defender a sua ilha preciosa em caso de invasão.
“Primeiramente, não é possível defender toda a ilha de Gotlândia. No melhor caso, podemos falar apenas de um único lugar, como o aeroporto de Visby ou o porto de Slite”, afirmou Karlis Neretnieks, ex-diretor de um regimento extinto dessa ilha.
Há cerca de um ano, a mídia anunciou infundadamente um cenário hipotético de um ataque russo contra Gotlândia, a ilha dinamarquesa de Bornholm e o arquipélago finlandês de Aland, todos eles são postos-chave no Báltico. Esta campanha da mídia escandinava pouco acalmou a opinião pública sueca, que constantemente está sido aterrorizada por conversas sobre a ameaça imaginável de uma invasão russa.
O que os alarmistas não conseguem esclarecer é o que a Rússia iria ganhar com essa invasão absurda, e o que a mesma Suécia beneficiaria com a adesão à OTAN, apoiada por esse país nórdico de todas as formas imagináveis. Alguns especialistas afirmam que a Suécia corre um maior risco de se tornar em um alvo quando for estado membro da OTAN.
“Com o não-alinhamento da Suécia ambas, a OTAN e a Rússia, podem beneficiar através da nossa contribuição para a diminuição das tenções na região. A participação da Suécia também pode aliviar a situação internacional sendo um mediador entre duas partes altamente desconfiadas”, escreveu para o canal Nyheterna24 Adam Loberg, presidente da Liga de Juventude Democrática Social.
Gotlândia é uma ilha Báltica pitoresca situada a uns 100 km da costa continental da Suécia.