Em sua fala aos senadores, Ilan Goldfajn disse que pretende trabalhar com base no tripé macroeconômico.
Mauro Rochlin explica: “Trata-se de uma política econômica implantada no Governo Fernando Henrique Cardoso e que possui três premissas: manutenção de uma taxa de câmbio flutuante (ou seja, sem intervenção do Governo no mercado de câmbio), política monetária orientada pelo regime de metas de inflação e uma política fiscal que combina superávit primário com a redução da dívida pública.”
De acordo com o Professor Rochlin, o economista Ilan Goldfajn começa bem ao anunciar suas propostas à frente do Banco Central. Mas, para implantá-las, precisará de apoio político:
“Não podemos esquecer que o Brasil está vivendo um momento de incertezas políticas e que a execução bem-sucedida de uma política econômica necessitará de um forte amparo no Congresso Nacional. Em outras palavras: para que o Brasil retome o caminho do crescimento, é indispensável que o Congresso apoie as medidas de reformas políticas e de Estado, de modo que o país inicie seu processo de recuperação econômica.”
Na avaliação de Mauro Rochlin, o país reencontrará seu crescimento em médio prazo:
“O Dr. Ilan Goldfajn trabalha com a expectativa de uma inflação de 4,5% não para já, mas para daqui a algum tempo, talvez uns dois anos. Primeiro, o Brasil precisa superar um período de ajustes para só depois se reencontrar com o seu desejado nível de crescimento. Talvez vejamos o início desta recuperação somente a partir do quarto trimestre, mas, efetivamente, devemos contar com ela somente a partir de 2017.”