Na opinião da instituição, essa palavra e o termo "hottentot" (nome dado pelos holandeses à etnia Khoikhoia), refletem a linguagem da era colonial, quando as pessoas eram designadas por referência às suas origens africanas.
"Estamos continuamente mudando os títulos das obras. Eles estão sempre sendo revistos (…) para nos dirigirmos ao nosso público em uma linguagem que corresponda aos tempos em que vivemos."
A decisão foi criticada tanto por Alex Ahrendtsen, um porta-voz do Partido do Povo Dinamarquês, como por Naser Khader, um deputado sírio do Partido Popular Conservador.
"Esta é uma negação e uma limpeza da História", disse Khader.
"É bobagem, é ignorância e é contrário à História", declarou Ahrendtsen à agência de notícias Ritzau.
O Museu Nacional da Dinamarca não é único no país que lançou uma vasta caça a termos considerados racistas nos títulos ou descrições. Recentemente, outro museu dinamarquês, o Rijksmuseum de Amsterdã, também se juntou ao combate em nome da tolerância, apagando numerosos títulos de sua imensa coleção que haviam sido atribuídos pelos artistas às peças.