Na noite anterior, um outro destroyer japonês, o Hatakaze, identificou na mesma região, perto da ilha de Kuba-shima (Huangwei Yu), três navios da Marinha russa, que deixaram a zona sem entrar nas águas territoriais do país depois de lá permanecerem em torno de cinco horas.
O Ministério das Relações Exteriores do Japão manifestou-se extremamente preocupado com o aparecimento do navio chinês perto das ilhas disputadas pelas nações e chamou o embaixador da China para declarar um protesto.
"As Ilhas Senkaku são um território japonês, tanto historicamente, como na base do direito internacional. Como governo, vamos defender decisivamente o nosso território", disse o secretário-geral do governo japonês, Yoshihide Suga.
O político japonês observou ainda que tais ações são totalmente inaceitáveis, anotando que Tóquio, juntamente com a comunidade internacional, em primeiro lugar os EUA, continuará exigindo de Pequim que se abstenha de tais ações, que provocam o agravamento da situação.
De acordo com a imprensa russa, Tóquio usou ainda as vias diplomáticas para entrar em contato com Moscou para "chamar a devida atenção" às ações da Marinha russa.
A China e o Japão disputam o arquipélago Senkaku (ou Diaoyu Dao, em chinês) rico em petróleo. Atualmente as ilhas são controladas de fato pelo Japão, porém a China vem apresentando suas reclamações em relação ao território desde o final dos anos 60. De acordo com Pequim, o arquipélago foi descoberto por navegadores chineses no século XVI e é considerado como território historicamente chinês. Em novembro de 2013, Pequim declarou a criação de uma zona de identificação das aeronaves na região do mar da China Oriental, abrangendo inclusive este arquipélago.