A entrevista foi realizada um dia depois de o ministro das Relações Exteriores japonês ter declarado que uma embarcação militar chinesa alegadamente "tinha entrado nas águas territoriais do Japão perto das ilhas de Senkaku".
De acordo com a mídia japonesa, os navios de guerra russos cruzavam aquela área ao mesmo tempo.
Vasily Kashin negou as alegações da mídia ocidental de que foram identificados três navios de guerra russos perto das ilhas disputadas, dizendo que o grupo operacional russo incluia o navio antissubmarino Admiral Vinogradov, o navio-tanque Irkut e o rebocador Fotiy Krylov, que regressavam de exercícios.
"Os navios russos não violaram as águas territoriais das ilhas disputadas e não podiam ter tido nenhum impacto sobre a situação política e militar naquela área. O aparecimento simultâneo ali de navios russos e chineses é uma coincidência", disse ele.
"Em qualquer caso, o último incidente é mais uma razão para pensar sobre a criação de mecanismos mais efetivos da notificação e comunicação entre os militares da Rússia, China e Japão", disse Kashin.
As ilhas inabitadas de Senkaku (o nome é reconhecido internacionalmente) são objeto de disputas territoriais antigas entre a China, o Japão e o Taiwan. O Japão considera as ilhas como parte da província de Okinawa.
Em 2014, o Japão e a China acordaram reduzir as tensões sobre a área disputada, mas no ano passado os navios chineses violaram repetidamente as águas territoriais do Japão nas ilhas de Senkaku, informa a mídia local.