O 'Whiskey' preocupa, o 'Surubim' aproxima

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Submarino 'Tubarão' do Império Russo, foto de 1911 - Sputnik Brasil
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Mergulhadores querem que o projeto seja uma referência na cooperação transfronteiriça e "uma contribuição inédita para o legado marítimo russo".

Mergulhadores da empresa sueca Ocean X Team, que encontraram em julho passado nas águas do mar Báltico, perto da costa da Suécia, um antigo submarino russo Som (nome de peixe da mesma ordem do surubim brasileiro ou siluro europeu), se dirigiram ao Presidente russo Vladimir Putin com um pedido para influenciar a decisão das autoridades referente a recuperação do submarino russo.

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"Solicitamos que exerça sua influência pessoal junto das autoridades russas para que sejamos autorizados a realizar uma operação da recuperação e obras preliminares de tratamento e deposição do submarino do Império Russo Som, encontrado em julho de 2015 pela nossa empresa, a Ocean X Team, em colaboração com a Ixplorer islandesa", diz a carta repassada à Sputnik.

O navio afundou em 23 de maio de 1916, depois de ter batido no vapor sueco Ongermanland. A equipe do submarino, dois oficiais da Marinha e 16 sargentos e praças, morreu no acidente. A história do Som foi confirmada também por historiadores militares suecos.

No início de maio passado, foi divulgada a notícia que a administração de Estocolmo rejeitou o pedido da Ocena X Team, que exigia direitos exclusivos para a retirada do submarino. A Embaixada da Rússia, comentando a decisão das autoridades, disse que esta foi correta e sublinhou, que não pode surgir nenhuma dúvida quanto à propriedade do navio, que é a Rússia, que nunca tinha abdicado de seus direitos sobre o submarino.

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A empresa sueca não disputa a propriedade e se declara pronta a entregar o navio à Rússia, porém reclama que as autoridades russas não a apoiam e tentam disputar o uso de mergulhadores no processo de retirada do submarino, o qual, segundo diplomatas, representa um projeto intergovernamental e não particular. Na opinião deles, antes de começar as obras, é preciso estudar cuidadosamente os materiais do caso.

Na sua carta ao presidente Putin, os mergulhadores argumentam que todas as despesas da operação serão pagas pela empresa deles e por vários patrocinadores, inclusive da Rússia. Eles têm ainda contrato com peritos forenses, que poderiam executar todos os trabalhos com os restos mortais dos marinheiros russos, sob vigilância de seus colegas da Rússia, preparando os corpos para a cerimônia de sepultamento. Eles se declararam também prontos para levar o submarino para a Rússia para que seja exposto em um museu.

De acordo com os mergulhadores, a análise feita por eles mostra que, mesmo depois de passados 100 anos no fundo do mar, o casco do submarino permanece em bom estado.

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"Permitam-nos, à Ocean X Team, continuar com os trabalhos de retirada do submarino sem que enfrentemos qualquer competição por parte de outras organizações e sociedades, que somente causariam despesas enormes do estado russo para sua retirada e conservação", diz a carta dos mergulhadores suecos.

A empresa quer que este projeto seja uma referência na cooperação sem fronteiras e "uma contribuição inédita para o legado marítimo russo".

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No início de junho, descendentes do comandante do Som, Khrisanf Bugaraev, dirigiram um outro pedido às autoridades da Suécia e da Rússia, reiterando a solicitação da empresa para que seja autorizada a retirada do submarino. Em 23 de maio, os mergulhadores e três trinetos de Bugaraev homenagearam os marinheiros russos falecidos.

O submarino do projeto Holland-VIIR, do engenheiro John Philip Holland, foi construído em 1901 nos EUA e originalmente tinha o nome de Fulton. Quando foi repassado ao Império Russo, seu nome foi mudado para Som.

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