A OTAN vai enviar quatro batalhões internacionais à Polônia e aos três países bálticos para “deter a Rússia”, disse o secretário-geral Jens Stoltenberg em uma conferência na véspera do encontro de ministros da Defesa em Bruxelas.
"A defesa do nosso espaço aéreo está em primeiro lugar", afirmou o chefe das forças armadas estonianas, tenente-general Riho Terras, adicionando que "a defesa aérea é um desafio que deve ser resolvido em conjunto com a aliança da OTAN".
De acordo com o ministro da Defesa letão, Juozas Olekas, os jatos da OTAN que protegem os céus no Báltico são essenciais a "parar uma possível agressão aérea".
"Estamos discutindo a criação de um sistema de defesa aérea regional com a Lituânia, a Estônia e a Polônia", disse ele. Olekas destacou que ele vai levantar a questão nas negociações com os homólogos da OTAN na terça e quarta-feira em Varsóvia.
"Não estamos falando apenas sobre a defesa da Lituânia, mas também sobre a credibilidade de toda a aliança", declarou o ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Linas Linkevicius.
Moscou negou repetidas vezes as acusações de que intenta ameaçar os países da ex-União Soviética.
"A Rússia nunca vai invadir qualquer país da OTAN. Não temos nenhum plano sobre isto", disse recentemente o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
Muitos altos oficiais da OTAN sugerem que as conversas sobre uma possível invasão por parte da Rússia são infundadas, ideia que é apoiada por Berlim e Paris.
Segundo diferentes especialistas, outros membros da OTAN, tentando combater a crise de refugiados, não querem alocar recursos para fortalecer a fronteira contra uma ameaça inexistente.
Além disso, este passo levará Moscou a tomar contramedidas, o que não ajudará a diminuir as tensões na região.