Numa de suas entrevistas, o chefe de uma associação médica local, Hamza Agdzha, revelou que combatentes feridos do Daesh e do Exército Livre da Síria são transportados através da fronteira turco-síria em simples picapes.
“Nós tratamos esses combatentes, que, uma vez curados, voltavam à ativa. Alguns voltavam o nosso hospital duas, três vezes. O governo não nos dava qualquer indicação com relação ao tratamento desses combatentes, mas, ao mesmo tempo, permitia que eles cruzassem a fronteira” — contou Agdzha.
Com medo de represália, a maioria dos médicos que já trataram terroristas em hospitais turcos preferiram não prestar entrevistas ou manter a sua identidade não revelada.
Ele reconheceu ainda que, muitas vezes, ele e seus colegas sofriam risco de vida nesses atendimentos, já que muitos feridos chegavam ao hospital com granadas nos bolsos, ou até mesmo com cintos suicidas.