Rousseff fez estas declarações na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, onde recebeu o título de cidadã da Bahia.
No seu discurso ela criticou a proposta enviada ao Congresso Nacional pelo Governo de Temer, que pretende acabar com o limite mínimo exigido por lei relativamente a investimentos em saúde e educação.
"Não há nenhuma justificativa, nem sequer razão para reduzir justamente saúde e educação num país como o Brasil. Sabemos que este programa levado a cabo pelo governo golpista e provisório não passaria nas urnas deste País. Um governo provisório não pode desmontar o País, não pode fazer o País voltar atrás", disse Dilma Rousseff.
Rousseff também lamentou os ajustes em programas sociais, como o de habitação Minha Casa, Minha Vida e o de apoio aos mais pobres, o Bolsa-Família, assim como a flexibilização do regime de concessão de campos de petróleo do pré-sal.
A presidente afastada foi recebida com pétalas de flores por dezenas de militantes gritando "volta, querida", enquanto outros ativistas protestavam contra Temer, segundo informa a mídia.
Ato contra o impeachment, ao lado da mais nova cidadã baiana, presidenta Dilma.Orgulho de nossa Bahia! #voltaquerida pic.twitter.com/LcRu3Lgohp
— Dep. Alice Portugal (@Alice_Portugal) 16 июня 2016 г.
Na entrega do título honorífico participaram os ex-ministros da Cultura Juca Ferreira, da Presidência, Jaques Wagner, ambos baianos, bem como o governador do Estado, Rui Costa, todos do Partido dos Trabalhadores (PT).
Dilma continuará nesta sexta-feira sua viagem pelos Estados do nordeste do Brasil, a região mais pobre do país e que, historicamente, constituiu o maior "celeiro" de votos para o PT. Depois de visitar Salvador, nesta sexta-feira (17) ela estará na cidade de Recife.