Esta decisão deixa a mais recente família de telefones da empresa americana em perigo, levando à possibilidade de a Apple poder ter de cessar as vendas de seu aparelho na China, o segundo maior mercado da Apple no mundo.
Essa decisão já afetou as ações da Apple, que caíram 2,1 por cento em Nova York na sexta-feira (17), apesar da declaração da porta-voz da empresa Kristin Huguet que todos os modelos da família iPhone 6 estão disponíveis para venda na China.
"O IPhone 6 e iPhone 6 Plus, bem como o iPhone 6s, iPhone 6S Plus e iPhone SE estão hoje disponíveis para venda na China. No mês passado recorremos de uma ordem administrativa do tribunal regional de patentes em Pequim e, como resultado, a ordem foi suspensa para a revisão pendente pelo Tribunal de Propriedade Intelectual de Pequim", disse ela.
No entanto, de acordo com a agência Bloomberg, se o caso acabar mal para a Apple, isso pode criar um precedente para os processos judiciais da Apple no futuro.
"As grandes empresas estarão sempre relutantes em cumprir quando sentem que não há caso para responder, mas o mercado chinês é tão estratégico para a Apple que, se eles tiverem de cumprir, eles irão fazê-lo", disse Ben Wood, analista da CCS Insight.
"Normalmente, este tipo de discussões legais são um jogo de provocação", acrescentou ele.
Este é o último de uma série de contratempos que a empresa sofreu na China. No mês passado, a Apple perdeu os direitos exclusivos do nome "iPhone" na China, após uma decisão do Tribunal Popular Municipal de Pequim que favoreceu um fabricante local de artigos de couro. Em 2013, a mídia estatal acusou a empresa de má qualidade do serviço e garantias insuficientes, solicitando um pedido de desculpas do presidente executivo Tim Cook.