Durante a ação dos bandidos que usavam fuzis, pistolas e granadas, houve troca de tiros entre os traficantes e um policial militar que não estava de serviço e levava o amigo, Ronaldo Luiz Marriel de Souza para a emergência da unidade. Ronaldo foi baleado e morreu. O PM e um enfermeiro do hospital também foram baleados.
O hospital Souza Aguiar é uma das cinco unidades de referência da cidade para o atendimento de turistas durante os Jogos Rio 2016.
O traficante Fat Family tinha sido baleado e preso na semana passada e estava há quase uma semana internado no setor de ortopedia, onde tinha recebido visitas de advogados e familiares. Ele tinha como escolta apenas dois policiais militares. O preso é um dos chefes do tráfico de drogas do Morro Santo Amaro, na Zona Sul do Rio, e já responde por tentativa de homicídio a um policial, em 2010.
Ao conversar com a imprensa, o titular da Divisão de Homicídios, delegado Fabio Cardoso disse que alguns suspeitos já foram identificados, mas a polícia segue analisando as imagens das câmeras de segurança do hospital para tentar identificar todo o bando.
“A DH (Divisão de Homicídios) já tem um rol de suspeitos, de fortes traficantes que comandaram essa ação ali no Hospital Souza Aguiar. Nós estamos trabalhando para confirmar todos esses nomes. Assim que confirmados, nós vamos pedir a prisão desses marginais e obviamente fazer uma operação para prendê-los.”
A Polícia acredita que a ação foi planejada pelo irmão de Fat Family, o traficante Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, chefe de uma facção criminosa que atua nos presídios do Rio, e que está preso desde 2007.
A Delegacia de Combate às Drogas já tinha pedido reforço para o preso, pois havia informações de que tentariam fazer seu resgate, mas na hora da invasão apenas cinco policias militares estavam de plantão na unidade fazendo a segurança. Após o resgate do preso, os criminosos ainda comemoraram através de áudios em redes sociais.
Para o Diretor das delegacias de homicídio do Rio, delegado Rivaldo Barbosa dar uma resposta para esse crime é questão de honra. Para Rivaldo Barbosa não há dúvida de que alguém fez todo o planejamento do crime.
“A gente vai chamar todos que efetivamente visitaram o preso, porque o que causou perplexidade foi porque os traficantes que aqui vieram sabiam exatamente onde o preso estava.”
Além das operações policiais, o Disque-Denúncia lançou um cartaz oferecendo uma recompensa no valor de R$ 3 mil para quem fornecer informações que levem a prisão novamente do traficante Fat Family.