“Tenho restringido (a comunicação) à notas ou manifestações no Twitter. Isto tem prejudicado muito minha versão dos fatos como também a comunicação. Resolvi voltar com regularidade prestar satisfações, eu mesmo me expor ao debate, às entrevistas porque isto está me prejudicando. Há um nítido cerceamento de defesa meu”, disse Cunha no começo da entrevista.
Investigado por corrupção e lavagem de dinheiro, Cunha está com o mandato parlamentar suspenso desde o dia 5 de maio pelo STF.
“Eu estou absolutamente convicto de que não menti […] Então eu fui à CPI muito convicto de que eu não tinha conta"
"Minha esposa, ela detinha conta, inferior a cem mil dólares, não tinha que se declarar. Essa é a discussão que será comprovada no processo. Minha esposa não tinha offshore, não tinha truste, ela tinha conta e a conta estava dentro do padrão do Banco Central. Ela tinha a cada 31 de dezembro do ano, saldo inferior a cem mil dólares por isso não era obrigada a declarar”, argumentou Cunha.
"Como vocês viram, eu não renunciei. Além disso, eu não tenho o que delatar, eu não tenho crime praticado, eu não tenho o que delatar. (…) A minha posição não mudou uma vírgula sobre isso", afirmou Eduardo Cunha.
O presidente afastado da Câmara também foi questionado sobre ‘rumores’ de que poderia fechar acordos de delação premiada por conta das denúncias da Operação Lava Jato.
"Eu não tenho o que delatar porque não cometi nenhum crime. Não tenho o que delatar sobre mim ou sobre terceiros. (…) Se eu não cometi crime, eu não tenho o que delatar", destacou Cunha.
A entrevista coletiva também foi marcada por protestos de manifestantes exibiam faixas com as mensagens “Fora Cunha”, “Fora Temer” e “Fora golpistas”, além de fazer barulho com cornetas do lado de fora da sala em que Cunha concedia a entrevista.
A transmissão da TV Câmara, que fazia cobertura ao vivo da entrevista coletiva, foi interrompida após cerca de 1h30 de coletiva, assim que começaram as perguntas dos jornalistas.