Opinião: União Europeia insiste em demasia na questão do défice orçamental espanhol

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As exigências da UE para Espanha cortar seu défice orçamental são demasiado insistentes e isso pode ter consequências negativas, disse em entrevista à agência RIA Novosti o deputado do Parlamento Europeu do Partido Socialista Operário Espanhol e antigo ministro da Justiça do país Juan Fernando López Aguilar.

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O défice orçamental da Espanha, em 2015, foi de 5,1% do PIB, enquanto a Comissão Europeia exigiu a diminuição do défice até ao nível de 4,2%. Neste ano ela exige a diminuição para até 3%, o que é praticamente impossível. A Comissão Europeia estuda a questão da imposição de sanções contra a Espanha e promete voltar a essa questão em julho.

Segundo Aguilar, se Espanha concordar em cumprir as obrigações da Comissão Europeia, isso teria "consequências nefastas". "Muitos cidadãos que caíram vítimas da crise estão indignados por a União Europeia ser demasiado insistente na questão de sanções contra os países que não executam os parâmetros de gastos e não observam o calendário de diminuição do défice. Entretanto, a União Europeia não pode assegurar a observância do direito humanitário nas questões de estado da lei, democracia representativa, minorias e direito de asilo", disse ele.

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Ele exorta o futuro governo da Espanha, que será formado após as eleições do dia 26 de junho, a "influenciar a política comum europeia dirigida à superação da crise – acabar com a austeridade que provoca recessão, alterar os prazos absurdos, que não podem ser cumpridos, e fazer alterações na política fiscal que deve levar ao crescimento de investimentos".

As eleições antecipadas vão ser realizadas no dia 26 de junho. Segundo as pesquisas, o Partido Socialista Operário espera obter o terceiro lugar, cedendo ao Partido Popular e ao bloco Podemos.  

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