Moscou propõe unir os dados das bases nacionais em um catálogo conjunto, que seria acessível para todos os países que estão envolvidos na atividade espacial. Este sistema podia informar sobre ameaças potenciais para os aparelhos colocados no espaço e para os objetos na superfície da Terra, além de avisar sobre os vários perigos para o lançamento de foguetes.
Nas Nações Unidas esta iniciativa foi apoiada pela China, os EUA votaram contra, desejando manter seu monopólio do espaço próximo da terra, disse ao jornal um outro participante da sessão, acrescentando que os militares dos EUA não ficaram especialmente contentes por uma possível divulgação de dados abertos sobre seus satélites.
“Sem dúvida que os americanos estão nervosos com a intenção de anular o caráter secreto dos dados sobre seus aparelhos espaciais militares – isso acontecerá de qualquer maneira”, resumiu ele.
Moscou tem proposto repetidamente a desmilitarização do espaço. Em abril, o chanceler russo Sergei Lavrov prometeu que o país não seria o primeiro a instalar armas no espaço. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também observou que a instalação de objetos nucleares no espaço pode levar a uma corrida armamentista descontrolada. No final do ano passado, a Rússia apresentou um projeto de resolução correspondente à Assembleia-Geral da ONU que foi bloqueado pelos EUA.