Daniel Miller: Claro que nós não teríamos insistido em referendo se não tivéssemos a certeza de que somos a maioria. Mas, de acordo com uma recente pesquisa, e ao longo dos últimos 10 anos, os resultados das pesquisas mostraram de forma estável que temos cada vez mais defensores da saída. Mas a pesquisa mais recente, que foi realizada em 2014, mostrou que 54% dos republicanos, metade dos eleitores independentes e mais de um terço dos democratas acreditam que o Texas tem que se tornar um estado independente. Estamos absolutamente confiantes de que, se os moradores do Texas tiverem a oportunidade de votar, após a realização de debates livres e abertos, eles vão escolher a autonomia.
Sputnik: Washington já reagiu? Será muito difícil sair dos EUA?
DM: Essa é realmente uma grande questão. A única resposta que recebemos do governo federal em relação às petições enviadas à Casa Branca é o silêncio e a indiferença. Sejamos honestos, o governo federal agora está ocupado com os problemas econômicos, a imigração em massa e as guerras, o governo agora tem muita coisa para fazer. Quanto mais perto este referendo estiver, mais rápido eles vão intervir e fazer algo semelhante ao 'Project Fear' (a campanha realizada durante o referendo na Escócia e as que estão sendo realizadas nas vésperas do referendo no Reino Unido sobre saída da EU).
S: Os defensores da permanência do Reino Unido na UE dizem que, no caso Reino Unido sair, isso vai causar danos em muitas áreas: negócios, comércio, mercado de trabalho, segurança. Vocês estão preocupados com isso? Isso pode afetar o Texas, se vocês saírem?
S: Se a Grã-Bretanha decidir permanecer na União Europeia, acha que esse resultado poderá afetar a sua campanha?
DM: Eu acho que não. Esta opção foi discutida muitas vezes. Não importa qual seja o resultado da votação. Para nós é importante que haja a possibilidade de realizar um debate e, depois, uma votação. Isso é que é importante para nós agora no Texas. Devemos ser capazes de mostrar (e o referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE é a prova disso) que em uma potência mundial é possível realizar uma discussão pública, por mais polêmica que seja, que podemos discutir seriamente a questão da independência, e depois ir a votos e fazer uma escolha. Isso é tudo o que estamos pedindo.