Por mais que Moscou se queixe os elementos da ordem mundial que considera perigosos, tais como a promoção da democracia pelos EUA no leste da Europa, os russos estão enfatizando que o sistema das Nações Unidas deve ser aplicado a todos os países, incluindo os Estados. Mas a Rússia não está tentando quebrar a ideologia comum sobre a ordem mundial, e ninguém se preocupa com as ambições russas para empurrar divisões de tanques por toda a Europa.
Russia and America: The World Is Big Enough for Both of Us | The National Interest https://t.co/99EPIb6Tu9
— Sergei Frolikov (@AsuraSerg) 23 июня 2016 г.
Neste contexto, continuar mantendo a Rússia envolvida em elementos da ordem mundial permitirá reforçar a base de normas e regras internacionais, em vez de se usar de um sistema unipolar com centro nos EUA. A ordem mundial, baseada em regras, pode ajudar a definir as formas de cooperação com o país, buscando seu status nas relações internacionais. A ordem pode orientar as ambições de Moscou no sentido da competitividade e restringir o poder nacional.
Tem algum sentido nisso. A hostilidade da Rússia para com o Ocidente já não pode ser negada. Mas a hostilidade nasceu como parte do medo e da suspeita que os Estados Unidos têm usado a era pós-Guerra Fria para enfraquecer a Rússia. Como a China, a Rússia merece uma posição respeitada dentro de uma ordem mundial estável e não o papel de desordeiro odiado.
Neste contexto, a ênfase nas relações com a Rússia poderia ser feita no diálogo, uma vez mais reiniciado, e na cooperação sobre questões de interesse mútuo. Isso vai exigir que os Estados Unidos deixem a prática de promoção das "revoluções coloridas" e outras formas de promoção expansionista dos seus valores. Mas, talvez, acima de tudo, isso exija dar a Moscou a possibilidade de participar em decisões-chave dentro da ordem mundial. O que, por sua vez, levará a compromissos com a Rússia sobre uma série de questões em que a política externa dos EUA sempre tem sido intransigente.