Plutão pode ocultar oceano subterrâneo

CC0 / NASA Solar System Explora / Artist’s impression of Pluto's surface, with Charon in the distance.
Artist’s impression of Pluto's surface, with Charon in the distance. - Sputnik Brasil
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O New Horizons da NASA tem transmitido uma grande quantidade de novas informações sobre o planeta anão, que se revelaram surpreendentes.

A nave espacial New Horizons foi lançada em 2006 com o objetivo de estudar Plutão e os extremos do nosso sistema solar. Enquanto alguns não esperavam grandes surpresas do planeta anão, pensando que ele é muito pequeno, remoto, e tectonicamente inativo para ter características interessantes, o seu estudo excedeu as expectativas.

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As fotos mais recentes, tiradas de perto, revelaram características bizarras, inexistentes em qualquer outro planeta do nosso sistema solar, incluindo montanhas com textura de escamas de dragão, que a NASA descreve como áreas "grosseiramente escavadas" pelo gelo de azoto. Agora, uma nova pesquisa sugere que Plutão pode ocultar seu próprio oceano subterrâneo.

"Graças aos dados incríveis [da missão do New Horizons da NASA], podemos observar as características tectônicas na superfície de Plutão [e] atualizar o nosso modelo de evolução térmica com os novos dados," disse em um comunicado Noah Hammond, estudante de pós-graduação na Universidade de Brown.

O modelo indica que uma das características únicas de Plutão são as gargantas que se estendem por centenas de quilómetros, formadas devido à expansão da crosta do planeta.

"Um oceano no subsolo que estivesse lentamente congelando poderia ter causado esse tipo de expansão", disse Hammond.

Teoricamente, como o oceano continua congelando, ele irá, eventualmente, formar uma estrutura densa chamada "gelo II" (ice II). Se isso ocorrer, a superfície de Plutão deve mostrar sinais de fraturas por compressão, mas estes ainda não foram encontrados.

"Nós não vemos as coisas na superfície que podíamos esperar se tivesse havido uma contração global", disse Hammond. "Então, podemos concluir que o gelo II não se formou, e, portanto, o oceano não foi completamente congelado."

As bolsas de azoto na superfície do planeta também podem indicar que o oceano pode ser relativamente quente, debaixo de uma camada superior de gelo.
Tendo em conta a distância de Plutão do Sol, a presença da água líquida é vista como altamente improvável. Mas se ela existir em Plutão, sustentada pelas altas temperaturas do núcleo do planeta, então, oceanos líquidos podem ser muito mais comuns do que se pensava anteriormente.

"Para mim é incrível ", disse Hammond. "A possibilidade de podermos ter vastos ambientes de água líquida em Platão, tão longe do sol, e que o mesmo possa ser possível em outros corpos celestes da Cintura de Kuiper é absolutamente incrível!"

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