Barrientos, que tem cidadania dos EUA, torturou o cantor e compositor esquerdista Jara e disparou duas vezes na cabeça dele, quando ele estava detido no Estádio Nacional após o golpe de 11 de Setembro de 1973 no Chile, afirmaram advogados da família do músico assassinado, de acordo com o jornal local Daytona Beach News-Journal.
Barrientos foi processado em março, de acordo com a lei estadunidense de proteção das vítimas de torturas, que permite que familiares de pessoas, vítimas de torturas ou execuções em outros países, iniciem processos civis nos tribunais dos EUA.
Declaran responsable del asesinato de Víctor Jara al militar chileno Pedro Pablo Barrientos —> https://t.co/BUx6Lo8OdL
— Revista Semana (@RevistaSemana) 27 июня 2016 г.
O processado disse na passada sexta-feira (24) ao jornal Daytona Beach da cidade onde reside que, no dia da morte de Jara, ele nem estava perto do Estádio Nacional, onde os militares detiveram e torturaram membros da oposição.
Jara tinha os dedos da mão amputados e foi alvejado por 44 vezes, de acordo com relatórios e dados históricos.
Um dos militares disse ter ouvido Barrientos se gabar ante outro tenente que tinha atirado contra Jara com sua pistola Luger.
A morte de Jara foi um crime simbólico da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), responsável por cerca de 3.200 mortes e dezenas de milhares de presos e torturados por razões políticos.