As tensões escalaram mais neste mês quando os rebeldes afiliados com o FSA lançaram um míssil guiado contra as posições de YPG em Aleppo. Os curdos afirmaram que as armas foram fornecidas pelos EUA.
O FSA acusou também os curdos de realizarem limpezas étnicas nas áreas árabes libertadas de terroristas. Os curdos negam tais acusações.
O acadêmico de língua árabe Leonid Isaev enumerou três principais grupos de oposição da Síria – o grupo de Riad, o grupo de Moscou e o grupo do Cairo. Eles foram formados segundo a mesma lógica: as forças da oposição no estrangeiro combinadas com as forças locais na Síria.
"Vários comitês e conselhos de políticos expatriados da Síria têm tentado obter o apoio dos grupos que estão participando na guerra e tomar cercas áreas sob seu controle. Outros estão também interessados em obter alguém que possa representá-los em Genebra".
"O Exército Livre da Síria uniu outros grupos e movimentos que existem na Síria. Em resultado em agosto de 2014 eles formaram a parte interna do grupo de Riad, o Conselho do Comando Revolucionário da Síria (SRCC em inglês) que inclui mais de 70 fações diferentes", acrescenta Isaev.
"Tecnicamente cada grupo do conselho deveria ser contra [a Frente al-Nusra] enquanto eles são aliados da coalizão antiterrorista encabeçada pelos EUA. Mas certos grupos, particularmente a Frente Islâmica e a Frente Levante, com base em Aleppo, permaneceram aliados da Frente al-Nusra mesmo quando eles se juntaram com o SRCC", explicou analista.
Escusado será dizer que os grupos seculares não ficaram muito satisfeitos com tais relações.
Segundo o analista, o grupo do Cairo tem o poder político devido aos seus laços estreitos com os melhores combatentes curdos. Os curdos, por seu lado, classificam as relações com o grupo como a oportunidade de comunicar com os países árabes.