O novo órgão supremo foi constituído em vez de outro que funcionava antes como órgão principal do país — a Comissão de Defesa Nacional. O presidente da Comissão eleito por unanimidade é Kim Jong-un. Os delegados da sessão efetuaram as alterações correspondentes na Constituição.
"Isso não significa uma desmilitarização do rumo do país", diz um dos principais pesquisadores do Centro de Estudos Coreanos do Instituto do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia Konstantin Asmolov.
Isto significa um retorno completo da Coreia de Norte à prática de "planos quinquenais", disse Konstantin Asmolov.
"Os coreanos precisam disso não para atacar, e não tanto para se defender, como para a dissuasão. A presença de armas nucleares e seus vetores de transporte na Coreia do Norte foi uma surpresa para algumas cabeças quentes. Se falava que a Coreia do Norte poderia ser destruída em 90 horas. Mas isso é na versão da guerra de Hollywood com um final à Hollywood, mas já uma guerra longa e triste que poderia se espalhar para outras áreas, uma guerra onde morrem pessoas, não agradará à opinião pública. E o Norte percebe bem isso".
A sessão do Parlamento atual, que indica uma consolidação maior do poder de Kim Jong-un, foi realizada após o congresso de maio do Partido dos Trabalhadores da Coreia, em que ele foi eleito para o cargo de presidente do Partido dos Trabalhadores. Atualmente o líder norte-coreano também dirige as Forças Armadas do país e tem a patente de marechal do país.