O chefe do Comitê para segurança e defesa Irakly Sesiashvili declarou que Chataev tinha cidadania georgiana e trabalhou durante o governo do terceiro presidente da Geórgia Mikheil Saakashvili.
Se isso é verdade, neste momento, ainda é desconhecido. A Promotoria da Geórgia ainda não sabe se vai começar a investigação sobre as ligações entre Chataev e Mikheil Saakashvili.
O próprio Mikheil Saakashvili chama Chataev de terrorista e acusa o governo de coalizão Sonho georgiano pela sua libertação.
O nome de Ahmed Chataev foi ouvido pela primeira vez na Geórgia quando se tornou conhecida a última grande operação do governo de Mikheil Saakashvili.
Ahmed Chataev participou na operação de resgate de reféns na Geórgia no verão de 2012 e foi um dos que conduziu as negociações para a liberação de um grupo de reféns.
Como afirmou o chefe de informações do departamento de análise da Geórgia, Shota Utiashvili, durante as negociações Chataev passou para o lado dos militantes, durante o tiroteio foi ferido numa perna e desapareceu na floresta.
Um mês mais tarde, após a prisão de Ahmed Chataev na Geórgia, o poder mudou e Mikheil Saakashvili foi substituído pelo bilionário georgiano Bidzina Ivanishvili e sua coligação Sonho georgiano. O novo poder, após a tomada de posse, começou logo corrigindo os erros do governo anterior. Foram revistas muitas coisas, incluindo o caso de Ahmed Chataev.
No dia 5 de dezembro de 2012, Chataev foi posto em liberdade sob fiança e, no dia 18 de janeiro, foi absolvido por sentença da Promotoria Geral. Em 2014, deixou finalmente o país e, de acordo com os dados existentes, aderiu à organização terrorista Estado Islâmico (conhecido com Daesh, proibido na Rússia).
Em 2015, conforme decisão da ONU, Chataev foi reconhecido como terrorista e foi incluído na lista das pessoas ligadas aos grupos terroristas. No mesmo ano, por motivo da ligação com o Daesh, Chataev foi incluído na lista de sanções dos Estados Unidos.
Depois do atentado terrorista no aeroporto internacional de Istambul, a questão da responsabilidade da Geórgia pela absolvição de Chataev, voltou a ser de novo atual.
No entanto, as autoridades da Geórgia não querem falar da culpa de Chataev até que o inquérito seja concluído.
“O inquérito ao atentado de Istambul ainda não foi concluído, portanto as especulações que o organizador tenha sido o cidadão de Chechênia Ahmed Chataev não são admissíveis”, disse o premiê georgiano, Georgy Kvirikashvili.
O titular do Ministério da Justiça Teya Tsulukiani, ainda antes de concluído o inquérito na Turquia, afirmou que esteve contra a liberação de Chataev, que há quatro anos foi detido na Geórgia.
O advogado de Chataev, Nino Andriashvili, que se ocupava do caso dele, nega o fato de Chataev ter cidadania georgiana.
As três explosões aconteceram na entrada, saída e no estacionamento do terminal internacional do aeroporto Ataturk, em Istambul, no dia 28 de junho. Foram mortas 44 pessoas e 239 ficaram feridas, pelo menos quatro pessoas participaram dos atentados.