O especialista da Escola Superior de Economia Andrei Fesyun afirmou que a razão tem caráter econômico.
“Okinawa é uma região japonesa desfavorecida, onde praticamente não se produz nada. Há somente algumas fábricas que montam peças e que não fazem diferença em cálculos econômicos. Também há algumas plantações de bananas e cana que também não são importantes para a economia japonesa. Por isso, 90% da renda regional de Okinawa é assegurada pelas bases norte-americanas. Assim, mais de 60% dos residentes da prefeitura de Okinawa trabalha em bases norte-americanas <…>”, disse Fesyun.
Para suavizar os protestos, o governo lembra aos residentes de Okinawa que as bases militares criam postos de trabalho, mas ninguém diz que os próprios japoneses pagam por isso, disse o especialista em assuntos do Japão Viktor Pavlyatenko.
“O Japão é o único país e parceiro estratégico dos EUA que suporta a maior parte da carga financeira da presença dos militares norte-americanos em território japonês”, disse.
A questão da saída norte-americana do Japão não está na agenda. Sua presença em Okinawa, sobretudo em um ambiente de confrontação com a China, serve os interesses estratégicos dos EUA. Entretanto, esses interesses são pagos pelo orçamento japonês.