Ministério da Defesa da Itália: é necessário intensificar diálogo entre Rússia e OTAN

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A ministra da Defesa da Itália, Roberta Pinotti, considera que é necessário intensificar o diálogo entre a OTAN e a Rússia, especialmente na área da resistência ao terrorismo internacional e no desenvolvimento de processos da integração militar na Europa.

"A Itália insistiu que não precisa abandonar o tratado OTAN-Rússia para continuar mantendo um diálogo aberto para o intensificar", afirmou a chefe do Ministério da Defesa italiano em uma entrevista, publicada nesta quarta-feira (6) pelo jornal Corriere della Sera, na véspera da cúpula da OTAN em Varsóvia.

​Pinotti concordou com as avaliações, expressadas em junho pelo o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, que não é necessário "ameaçar com armas" durante os exercícios militares da OTAN perto da fronteira russa.

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"Nós compartilhamos a posição, expressada por Steinmeier: "ameaçar com armas" não deve provocar uma escalada da situação. Como a Itália tem dito isso, fomos acusados de falarmos apenas de diálogo. Na verdade, nós assumimos a responsabilidade, e é um erro dizer que a fronteira oriental representa somente riscos e ameaças. Na verdade, essa fronteira é o lugar onde devemos reconstruir pontes", disse a ministra da Defesa.

© flickr.com / Alessio JaconaA ministra da Defesa da Itália Roberta Pinotti
A ministra da Defesa da Itália Roberta Pinotti  - Sputnik Brasil
A ministra da Defesa da Itália Roberta Pinotti

Pinotti expressou a esperança de que a próxima cúpula da OTAN em Varsóvia não envie uma mensagem hostil à Rússia. "Enfrentando, havendo a ameaça terrorista com a qual lidamos todos os dias em casa e no mundo inteiro, reinventar uma nova guerra do passado seria absurdo", disse ela.

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Falando sobre o aumento significativo de ameaças do terrorismo, Pinotti tem enfatizado a necessidade de reforçar as posições da OTAN "na frente sul", levando em conta à situação na Líbia e a luta contra o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) no Iraque e na Síria. Segundo ela, a Itália foi a primeira a levantar este problema devido à sua posição geográfica, indicando que o está associando com "a perspectiva de uma ameaça global".

"Infelizmente, os ataques nas capitais do norte e em lugares como Bangladesh, confirmam que o terrorismo jihadista pode estar ligado ao fundamentalismo local e ameaçar-nos em todas as latitudes", declarou Pinotti.

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A chefe do Ministério da Defesa da Itália também sublinhou a importância de os países da UE estarem mais envolvidos na garantia da segurança europeia. "Devemos entender que a questão da nossa segurança, eu estou falando primeiramente sobre o Mediterrâneo, deve ser lidado por nós mesmos, como europeus", disse ela.

A ministra sugeriu que o processo de integração militar na Europa poderia ser iniciado pela Itália, Alemanha, França e Espanha. "Seria muito útil se eles tentarem iniciar um projeto nesta área, para entender o que poderíamos fazer juntos para evitar a duplicação das funções," acrescentou Pinotti.

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