"Mas ganhou a propaganda de Tony Blair, ele é realmente hábil nessa área. Parece que o assessor do primeiro-ministro da Sérvia Vucic vai ter o que merece, e que seria justo, porque ele puxou o seu país para uma guerra injusta e cara, traiu os interesses nacionais e a confiança das pessoas. Se alguém tem que estar no banco dos réus, é Tony Blair", diz Jankovic.
De acordo com Jankovic, o relatório levanta a questão das relações entre Londres e Washington.
Há muito tempo que os observadores britânicos objetivos diziam que a política externa de Londres é completamente dependente dos EUA e que Blair era "um poodle" do presidente americano. O nosso interlocutor julga que seja preciso acabar com esta situação. Uma coisa é a amizade ou aliança especial, e outra bem diferente é entregar o seu próprio destino em mãos alheias, o mesmo que Blair fez, acrescentou ele.
No seu tempo, Colin Powell declarou na tribuna da ONU que o regime iraquiano tinha armas de destruição em massa e que Hussein estava ligado à Al-Qaeda e a Bin Laden. Mesmo assim, ficou claro que a verdade era diferente, porque ex-agentes da CIA disseram que tinham informado o presidente norte-americano que Hussein não tinha essas armas, disse Drecun.
"Não se esqueça que durante a guerra no Iraque ganharam apenas as empresas britânicas. Há informações que no primeiro ano de reconstrução do Iraque, elas receberam 600 bilhões de dólares. Mesmo que a quantidade fosse cem vezes menor <…> é um fato que Blair, sob liderança dos EUA, destruiu um Estado soberano sem qualquer razão", continua Drecun.
Vários interlocutores da Sputnik duvidam que Blair enfrente a Justiça. "Depende da influência política das estruturas que estavam por trás da intervenção no Iraque. <…> Blair no banco dos réus seria um precedente perigoso", diz Drecun.