Segundo a agência, Netanyahu declarou que ouviu falar de uma tentativa de assassinato pela primeira vez durante uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro etíope Hailemariam Desalegn em Adis Abeba.
“A resposta é que não sabemos nada sobre isso, porque, de fato, não há nada”, disse Netanyahu em resposta à pergunta de um repórter se baseando em uma fonte anônima do jornal kuwaitiano Al-Jarida.
As autoridades quenianas também negaram a tentativa de assassinato.
“Uma tentativa de assassinato não pode ser secreta. Tem que ser algo visível e, para meu conhecimento, não havia absolutamente nada desse tipo” manifestou o porta-voz do Ministério do Interior do Quênia Mwenda Njoka.
A visita de Netanyahu a quatro países da África é a primeira vez em quase três décadas em que um primeiro-ministro israelense vai à África subsaariana. Ele visitou Uganda, Quênia e Ruanda, enquanto promove uma segurança mais estreita e outros laços com nações africanas, que cortaram ou limitaram suas relações com Israel na década de 1970 sob a pressão dos países árabes.
Netanyahu e Desalegn fizeram uma declaração conjunta de que iriam renovar a cooperação na luta contra o extremismo e assinaram acordos para aumentar os laços nas áreas de tecnologia, agricultura e outras esferas.
Netanyahu também se comprometeu a permitir que judeus etíopes remanescentes na Etiópia voltem para Israel. “Temos um compromisso e estamos mantendo-o numa base humanitária e de reunificação familiar. O orçamento atual permite isso”, disse o primeiro-ministro israelense.
Desalegn convidou a visitar a Etiópia e a investir na sua economia. Os judeus etíopes se queixaram de discriminação na sociedade israelense e centenas se manifestaram recentemente contra o que chamaram de brutalidade da polícia israelense.
Netanyahu também pediu a ajuda do primeiro-ministro etíope para pressionar o Hamas a libertar um cidadão etíope-israelense que está detido em Gaza.