De acordo com o relatório dos especialistas, no futuro próximo a concorrência pela influência na região do mar Negro, "vai, sem dúvida, se agravar".
Quando a Crimeia se tornou parte da Rússia em 2014, o equilíbrio de forças no mar Negro mudou. A Ucrânia, de acordo com o relatório, "foi expulsa da arena", enquanto Moscou reforçou sua frota, notam os analistas.
"A importância estratégica destas águas subiu aos olhos da OTAN, que visa reforçar sua política de contenção da Rússia na região europeia", escreve Stratfor.
O artigo informa que a OTAN deve levar em conta a Convenção de Montreux de 1936, que limita a tonelagem, o número e o tempo de permanência de navios de guerra para os Estados que não têm setor no mar Negro. No entanto, uma força multinacional, como a OTAN, pode ignorar as restrições, recorrendo à rotação com tropas de vários países. É por isso que na cúpula, que começa amanhã (8) em Varsóvia, os países membros vão discutir a possibilidade de reforçar as forças navais conjuntas no mar Negro, explicam os analistas.
Os analistas também compararam o equilíbrio de forças navais na região. O número de navios russos é inferior em relação ao da OTAN. No entanto, a Rússia tem muitas outras vantagens – por exemplo, em aviação. Além disso, Moscou está modernizando sua frota, incluindo seus submarinos. A posição russa na região é reforçada pela península da Criméia, o que representa uma vantagem significativa sobre a Aliança, concluem os especialistas da Stratfor.