As informações respetivas estão disponíveis no site do Ministério das Relações Exteriores da República Popular da China.
Numa entrevista a Sputnik, Mohsen Shariatiniya, especialista em questões de relacionamento entre o Irã e a República Popular da China do Centro de Estudos Estratégicos de Teerã e membro do conselho científico da Universidade Shahid Beheshti, contou os detalhes da interação do Irã com a China na área nuclear após os acordos de Viena:
"A cooperação na área de energia nuclear entre o Irã e a República Popular da China começou há muito tempo e se realizava no âmbito do direito internacional e do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Porém, devido à pressão sobre Pequim exercida por parte dos EUA, ela foi suspensa."
"A China desempenha um papel central na realização deste projeto – essa foi a decisão da parte iraniana. A reconstrução do reator Arak é um processo demorado, bastante difícil do ponto de vista técnico e requer muito tempo. Não é de surpreender que as partes iraniana e chinesa estejam realizando consultas adicionais no formato bilateral e trilateral (com participação dos EUA), antes de passar à etapa prática deste projeto complexo. Claro que estas consultas devem ser consideradas no âmbito da realização do PAAC, e não através de negociações políticas separadas. Pois o Irã e os EUA não possuem um nível de relacionamento em que se possa falar diretamente sobre parceria estreita em alguma área. No âmbito do PAAC cada uma das partes assumiu os compromissos que é necessário cumprir. Consequentemente, o "sexteto" é obrigado a cooperar com Irã a fim de resolver a questão do reator Arak. E as negociações sobre a cooperação, que devem se iniciar no tempo mais próximo entre a China, Irã e os EUA, serão justamente no âmbito do PAAC. Não mais do que isso."