O desafio foi iniciado em uma página de Facebook da ativista social ucraniana Anastasia Melnichenko, que usou um hashtag parecido em ucraniano. Após ela, milhões de mulheres na Rússia e Ucrânia decidiram partilhar as suas histórias visando chamar atenção e condenar o abuso sexual.
Melnichenko partilhou a sua experiência de infância, contando que um dos seus parentes lhe molestou e depois, anos passados, um menino com quem ela namorava lhe, tirou fotos dela nua a cama e prometeu publicá-las na Internet.
"Nós não precisamos de explicar a si mesmas. A culpa não é nossa, é o estuprador que sempre é culpado. Eu não tenho medo de falar e eu não me sinto culpada", escreveu Melnichenko.
Cabe notar também que o desafio não fala só de casos de estupro de mulheres, os homens também partilham suas histórias de estupro e violência. O abuso que tão grande número de pessoas enfrenta, pessoas de várias idades, profissões, estatutos sociais, não deve ser silenciado, de acordo com os participantes do desafio.
A avaliar pelas publicações sob os hashtags, as pessoas que cometem crimes de violência sexual podem ser desconhecidas da vítima mas também podem ser amigos, parentes, professores ou qualquer pessoa próxima.
Shocking, mind blowing, inspiring, empowering! I am out of words, how powerful a hashtag can be?#IAmNotAfraidToSayIt https://t.co/vfYxZKgtng
— Meet Kaur (@meetthehappyi) 8 июля 2016 г.
Outro aspeto importante que também já se tornou claro nas publicações é que alguns dos estupradores pediram desculpas pelas suas ações, dizendo que na altura do crime não perceberam que foram ofensivos.